quarta-feira, 7 de maio de 2008

Quem vai te abraçar?!


Entendo que atualidade está sendo marcada por sentimentos que incomodam a mente humana. O que percebo é um excesso de carência entre os indivíduos, que acaba afetando a sociedade na qual estamos inseridos. Claro que essa necessidade de ter alguém ou alguma coisa pode ser justificada por inúmeros fatores. Algumas vezes, precisamos ter alguém sempre por perto, pra conversar, discutir ou simplesmente estar ocupando a cadeira do lado. Em outras circunstâncias, a carência pode ser sanada através de um consumismo absoluto, onde o materialismo absorve algumas inquietações do homem.

O que me incomoda é entender a razão disso tudo. Por quais motivos as pessoas não se bastam, ainda que essa construção não obedeça o padrão culto da língua. Mas o sentido semântico é esse mesmo. Não somos suficientes a nós mesmos. Para grande parte, a extensão de si está no próximo. Não que isso seja de todo ruim, mas, penso eu, não deve ser princípio. Senão, a felicidade individual estaria fadada à doação do outro.

E é nesse ponto que venho falar de amizade. Mas, nesse contexto, esses parceiros aos quais chamamos de amigos são integrantes de um cenário tranqüilo, como uma característica multilinear. Eles estão lá e podemos contar com eles não só em situações de necessidade, interesse. Revisitamos esses cidadãos em mensagens de bom dia, em abraços apertados, em sorrisos ou ainda num simples bom dia.

E é assim que me reconheço hoje, reconhecendo meus verdadeiros amigos, que estendem a mão e me chamam pra vida, mostrando que um sentimento puro e verdadeiro vai muito além de uma balada, algumas garrafas de wisky e copos de cerveja. E por isso que eu penso que a vida não espera para acontecer, como alguns que esperam alcançar a casa própria, comprar aquele carro mega lançamento, casar ou ter filhos. Não sabemos o que O Altíssimo nos reserva.

Como diria a canção, vamos viver tudo que há pra viver! E que as decepções nos sirvam de degraus, que nos levem alto e distante do que fica relegado a uma espécie de não progresso.

Hoje eu só quero que o dia termine bem!
Luciana Mello

Um comentário:

Marcos Leivas disse...

Amigos são a fuga, o chão e também a fantasia de nossas vidas. A fantasia que nos acolhe e nos abriga em todos os momentos. Atualmente é difícil viver sem os bens manterais. Imagina no tempo das cavernas? Uma pedra valia ouro. Hoje, eu acho que um carro tem o mesmo valor bem como uma casa grande repleta de quartos e muitos sofás. Mas agora me diz: como que eu vou ter ouro em ter uma casa ou sofás se eu não tenho amigos para dormir nos vários quartos ou se atirarem nos inúmeros sofás? :P Eu também quero que o dia terminem bem e, sendo teu amigo, quero te ver sempre feliz, com carros ou carroças, casas gigantes ou barracas. O que importa é a amizade, negrinha! :-)

Ia te chamar de Martha Medeiros, mas por que se tu és a Anelize Kosinski?

- Incomparável!


Beijão queridona!