quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Velho desatino...

"Cena beatnik

Clock sem um click"


Final de temporada... A praia já não é mais a mesma, e por assim ser, melhor para aproveitar. Já não há loucura de sons, esboçando uma competição para apurar quem deixa as pessoas surdas mais depressa... até lei foi criada pra proteger a propriedade auditiva. Louvável!! Carnaval se aproxima, já na segunda quinzena de fevereiro... Ahhh... o mês de fevereiro! Como música para os meus ouvidos... tão perfeito, tão alegre, tão intenso! Circunstância em que se desdobram as minhas primaveras... Todo o mês tem cara de folia! Genial!


Acredito que esse é o segredo do cidadão brasileiro, que muitas vezes acaba por estender para o resto do ano as motivações da festa do momo. Se no Brasil fosse o ano inteiro carnaval, certamente viveríamos em constante felicidade... considerando as curtições sadias, sem exageros de natureza ilícita. E isso não é questão de julgamento, apenas opção! As madrugadas viram dias e os dias, madrugada... O povo canarinho tem disso... Somos uma nação marcada pela folia. Nosso ponto de referência mundial, a cidade maravilhosa, constitui-se de praia, carnaval, paisagens exuberantes e mais um monte de coisas boas.


Em tempos de crise, em que o recém eleito presidente norte americano utiliza dez canetas para assinar um plano de salvação para a economia mundial, o brasileiro está nas ruas. Fazendo festa, protesto, manifestação. Realizando qualquer tipo de ação que identifique o indivíduo verde e amarelo consciente de sua responsabilidade social dentro um país que é continente. E enquanto isso, o nosso operário diz "continuem comprando, a crise não nos afeta". Mais uma peculiaridade dos penta campeões do futebol. E por falar no segmento esportivo, vale lembrar que tem dirigente estrangeiro gastando 1 milhão de reais por dia pra manter o clube em ritmo de jogo... Ô crise hein?!


Mas, não longe da brasilidade... quanto custa uma fatia de tempo, que hoje equivale a pouco mais de 80 minutos, na passarela do samba? Sejamos sensatos. Festas populares mobilizam milhões de pessoas, não só no Rio de Janeiro, mas também na Bahia, no Ceará e até aqui na gauchada... Além das fantasias, abadás, bailes de carnaval, bebidinhas e tradições a parte, o brasileiro paga um preço altíssimo... e não reclama! Pelo contrário, agradece. Também pudera... um povo que tem direito a décimo terceiro, férias, auxílio paletó e outros recursos financeiros não tem motivos para lamentar.


Sabe aquele dito popular "tempo é dinheiro"? Eu completaria dizendo que dinheiro não é nada. Obviamente, não sou tão hipócrita a ponto de rejeitar e desprestigiar a moeda. No bolso ela fica muito melhor. Mas se observarmos a condição financeira a qual os montantes estão condicionados, entenderemos o absurdo panorama que se desenha em consequencia das trocas monetárias. Mesmo com a ideologia capitalista que a sociedade vive alicerçada, o poder de compra é uma máscara, que esconde a troca de dinheiro por quantidades razoáveis de produtos. O seu salário paga o seu gasto mensal?! Nem o meu! E aquele carro mega fantástico, última tecnologia no que diz respeito à automação de motores, vale mais que o seu limite bancário? Muito mais que o meu também!


Por isso que inventaram a bicicleta! Atividade saudável e com baixo custo de manutenção...


E vamos a folia! Mesmo (e de preferencia) a pé!!


abraços a todos!