sexta-feira, 25 de abril de 2008

Fenômeno Virtual


Páro agora pra pensar...onde viemos parar?! É, redundante este questionamento, mas quando me dou conta que a maior parte das minhas ações são baseadas em plataformas digitais, chego a rir sozinha. Como pode o indivíduo, num período tão curto do tempo, adaptar-se às novas tecnologias, como se elas sempre tivessem existido?! MSN, Orkut, facebook, blogs etc... sem falar, é claro, no já básico celular. Mobilidade. Interatividade. Mas, talvez essa busca por conectividade nos torne mais solitários. POis, nessas circunstâncias, estamos sozinhos através de uma plataforma virtual, ainda que conectado com o mundo.


Por trás das palavras, da raiva de tudo
Sorri pra tentar chegar em você
Foi como fugir pra nos proteger
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer
Porque



É assim que eu começo a contar mais uma história do Eros, nosso personagem de todas as horas, com suas mil e uma experiências. Ô rapaz de sorte esse. A primeira namorada, a Nalva, tinha só deixado lembranças. Por vezes, assombrava as idéias do pobre gauchinho. Os primeiros amores, geralmente proibidos, a família não aceita, o pai não concorda. Mas a emoção garante o sucesso, e a razão, pobre simpática, fica calada.

Depois da Nalva, o nosso protagonista jurou não mais se apaixonar. Mas, ironia (ou golpe) do destino, colocou a sua frente ela. Os corredores da faculdade pareciam marcar um ponto zero, onde eles sempre acabavam se encontrando. Por vezes tímidos, inseguros, naquele clima de início de romance. Se conheceram na bailante, depois de muitos olhares trocados nos espaços da universidade. Mas o embalo tradicionalista daquela noite enamorou os corações carentes daquelas duas criaturas.

E ele era tão apaixonado, daqueles de entregar flores na rua. Cada vez mais cativava aquela menina mulher de 20 e poucos anos. Trocavam e-mails praticamente todos os dias, além dos torpedos de celular. Bonito de se ver.

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?

Era a extensão digital que permitia a aproximação destes dois. Eram movidos por essa onda virtual que conquista cada vez mais adeptos na atualidade. Juntos na realidade estavam em poucos momentos, suficientes para assegurar tanta doação. Mas como tudo que é bom dura pouco, esse caso também. Foi pouco mais de um ano. Pouco! Bastou para ser inesquecível. Eros escreveu na sua história algumas páginas de um amor tão intenso, que nenhuma outra potra morena será capaz de substituir...

Foi como tentar parar esse trem
Com flores no trilho e acenar pra você
Parece absurdo, eu sei, mas tentei
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer
Porque


** Trechos da música de Leoni, Quem além de você?

Um comentário:

Marcos Leivas disse...

É verdade! Dá vontade de rir até! Antigamente os moçoilos largavam bons galanteios via um mensageiro ou até através de uma pomba. Agora? O lance é tecnológico, moderníssimo! "Te deixei um depoimento, espero que gostes. Fiz de coração!" - e isso nem é nada, tem muito mais por aí. Quando eu ouço a minha avó falar das histórias amorosas percebo que até sinto curiosidade de estar no tempo deles porque, hoje em dia, tudo é muito fácil e, como tudo que é fácil se vai embora fácil, vou começar a procurar uma máquina do tempo para rumar aos anos de 30! :-)

Que belo, hein? Tô gostando de ver essa escritora! Mas não te some mais do blog: quero periodicidade! Pelo que eu saiba o Eros tem muitas histórias! hehehe

Beijão!